A cólica é uma dor bastante comum nos recém-nascidos e enche os pais de aflição. O nervosismo é normal diante desta situação, mas é fundamental manter a calma, por mais que pareça difícil se controlar vendo o filho chorar. Apesar de não ter causas comprovadamente definidas, o incômodo pode ser fruto da imaturidade do sistema digestivo do bebê.
— As cólicas são fisiológicas, isto é, são processos normais de transição no corpo do bebê, já que o intestino até os quatro meses ainda está passando por processos de maturação neuronal — explica a pediatra Priscila de Mattos Sillero, gerente médica do CTI Pediátrico do Prontobaby.
Não é difícil distinguir o choro da cólica de outros, como o da fome. O primeiro, geralmente, começa à tarde, de uma hora para outra, é alto e bem agudo. Além disso, o bebê se comprime todo.
— É o que chamamos de choro inconsolável. Por mais que a mãe tente amamentar e confortar a criança, ela não para de chorar — diz Eduardo Brandina, pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos.
Estudos indicam que o estresse dos pais pode deixar a criança mais suscetível às dores. E a sabedoria popular sempre apontou como causa da cólica a alimentação da mãe, que passaria para o bebê pela amamentação, mas não há comprovação disso.
— Vemos que alimentos como leguminosas (como o feijão) e derivados do leite acabam dando mais cólicas nos bebês. Mas não há nada comprovado cientificamente. Isso acaba variando de criança para criança — pontua Priscila Aires, pediatra da Perinatal.
Há remédios que aliviam as cólicas, mas só devem ser dados aos bebês sob orientação do pediatra. A medicação sem prescrição médica pode causar consequências graves.
Link original | Por Evelin Azevedo para Jornal Extra, com colaboração de Priscila de Mattos Sillero, pediatra | 20/09/18