A pediatra Patrícia Rezende, do grupo Prontobaby, ficou extremamente comovida depois de ouvir que uma mãe recebeu notificações do condomínio por conta do choro dos bebês e resolveu escrever sobre o que pode levar o seu filho a chorar e como lidar com cada tipo de choro.
Ela enumerou uma série de dicas que podem te ajudar a acalmar os recém-nascidos. Afinal, sono, fome, cólica e fralda suja são apenas alguns dos motivos que podem fazer com que os bebês comessem a chorar desesperadamente e até as mais experientes podem se confundir na hora de tentar decifrar a mensagem que eles querem nos passar.
E a própria Patrícia confessa que não existe uma fórmula mágica para descobrir o que aflige o bebê. “Descobrir a causa do choro, muitas vezes, é um trabalho de tentativa e erro. Muito bonito na teoria é achar que, pelo barulho, você consegue identificar o verdadeiro motivo, mas na prática vem o choro da fralda molhada junto com as lágrimas do sono e da fome. Bem-vindos à vida real”, diz no email enviado para a gente através da assessoria de comunicação dela.
Para começar, a doutora Patrícia deixa bem claro que a idade dos bebês é a primeira coisa que precisa ser avaliada. “O bebê nasce absolutamente dependente e por um determinado tempo após o parto, enquanto se desenvolve, precisa de mais apoio. Os primeiros 90 dias são como se a criança ainda estivesse sendo gestada. Ela se assusta com barulho e luminosidade, além de não estar acostumada a sentir calor, frio e fome. Todas essas sensações são muito novas e o choro pode ser por uma dessas causas”, explica.
Por isso mesmo, ela separou e classificou cinco tipos diferente de choros e deixou algumas dicas para lidar com cada um. Olha só:
Choro de aconchego
O cueiro pode se tornar o seu melhor amigo. Isso porque, ao nascer, seu filho tem um reflexo primitivo e se assusta com o que está ao redor. Mantê-lo enrolado simula a sensação de afago que ele tinha na barriga da mãe e o ajuda a dormir melhor.
Choro em movimento
Lembre-se: quando ainda estava na barriga, o bebê era mantido em movimento, já que você não ficou nove meses estática. Portanto, dar uma leve ninada em seu filho pode acalmá-lo quando estiver deitado e começar a chorar.
Choro tem hora
Devemos observar o horário do choro. Se for sempre à noite, pode ser que a criança não esteja dormindo o necessário. Isso explica o cansaço no fim do dia, com o adulto com sono acumulado. O bebê pode sofrer com efeito vulcânico: como se um vulcão estivesse ali acumulando cansaço o dia todo para entrar erupção à noite. Antes de chegar a essa conclusão, é importante observar se o xixi e as fezes estão normais e se o seu o bebê está ganhando peso adequadamente, para eliminar outras causas orgânicas.
Quando eles perdem o choro
Algumas crianças podem, durante crises de choro, inspirar e prender involuntariamente a respiração, podendo até desmaiar. Apesar de rápido, o episódio é apavorante para os pais. Nesse momento, é preciso que você mantenha a calma e permaneça ao lado do seu filho, mantendo-o deitado, se possível. Atitudes como molhar o rosto ou pulsos do bebê, dar água ou sacudi-lo devem ser evitadas. Quando isso acontecer, é importante que a mãe comunique ao pediatra para que ele verifique se foi realmente uma crise de perda de fôlego ou se tem algo por trás. Os pais podem tentar distrair a atenção dos pequenos para evitar novas crises.
Choro de fome
É comum ter dificuldade para alimentar seu filho nos primeiros dias, já que vocês dois ainda estão aprendendo a lidar com a amamentação. O bebê entende a fome quase como uma dor, mas, antes de abrir o berreiro, ele manda alguns sinais e é possível identificá-los. Abrir e fechar as mãos, chupar o dedo, esticar-se e aumentar os movimentos do corpo são alguns alertas que a mãe pode perceber. Se o bebê já estiver chorando, com movimentos corporais acelerados e coloração avermelhada, é aconselhável acalmá-lo antes de alimentá-lo.
Fonte: Pais&Filhos