Um levantamento da World Obesity Federation aponta que, até 2035, mais de 500 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo poderão estar com sobrepeso ou obesidade. O Brasil figura entre os países mais vulneráveis, com crescimento acelerado do problema.
De acordo com o Ministério da Saúde, 14,2% das crianças brasileiras com menos de 5 anos já apresentam sobrepeso. O dado de 2023 representa quase o triplo da média global e um aumento expressivo em relação ao ano 2000, quando apenas 4% das crianças brasileiras enfrentavam a condição.
Por que o Brasil é mais vulnerável?
Para a pediatra Aline Magnino, diretora médica da Clínica Pediátrica da Barra, fatores culturais e comportamentais são decisivos. O consumo crescente de doces e fast food, aliado ao excesso de tempo em frente às telas, coloca o país em uma posição crítica no avanço da obesidade infantil.
Segundo a especialista, o problema não está apenas nos números. O sobrepeso precoce pode gerar consequências graves para a vida adulta, incluindo doenças crônicas, além de comprometer o desenvolvimento físico e emocional das crianças.
Erros alimentares mais comuns nas famílias
A médica destacou alguns hábitos que contribuem diretamente para o aumento da obesidade:
- Consumo de alimentos ultraprocessados, refrigerantes e salgadinhos
- Oferta frequente de comidas pouco nutritivas, como doces e biscoitos industrializados
- Uso da comida como forma de compensação de comportamento
- Pouca variedade no cardápio das refeições
- Falta de incentivo ao consumo de frutas, legumes e proteínas magras
O impacto do sedentarismo
O tempo excessivo em frente a TVs, celulares, tablets e videogames reduz a prática de exercícios, aumentando o ganho de peso. A OMS recomenda que crianças de até 2 anos não sejam expostas a telas e que, para as maiores, o tempo seja limitado e supervisionado.
Esse comportamento também favorece escolhas alimentares ruins, já que muitos lanches acontecem durante o uso de dispositivos eletrônicos.
Como identificar sinais de alerta?
Entre os indícios de que a criança pode estar desenvolvendo obesidade, a pediatra cita:
- Alterações no ritmo de crescimento
- Ganho de peso rápido
- Dificuldades respiratórias
- Sono agitado
- Baixa autoestima ou isolamento social
A consulta pediátrica regular é fundamental para acompanhamento e prevenção.
Caminhos para a mudança
A especialista reforça que adotar uma dieta saudável não significa impor restrições radicais, mas sim oferecer variedade, moderação e alimentos naturais.
Na prática, algumas medidas podem ajudar:
- Preparar lancheiras com frutas, vegetais, pães integrais e iogurte natural
- Evitar refrigerantes, salgadinhos e doces em excesso
- Incentivar a prática de atividades físicas em família
- Estabelecer horários regulares para refeições
Segundo a pediatra, pequenas mudanças já fazem diferença, especialmente quando o exemplo parte dos próprios pais.
Fonte:
- Tupi.Fm – https://www.tupi.fm/saude/obesidade-infantil-pode-atingir-metade-do-mundo-em-2035/
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