Pediatra explica como distinguir reações alérgicas de resfriados e gripes nesta época do ano
Apesar dos dias ensolarados, a primavera representa um grande desafio para crianças que sofrem com alergias respiratórias. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população brasileira apresenta algum tipo de alergia, sendo que uma em cada cinco crianças é afetada.
Entre as manifestações mais comuns está a rinite alérgica, que pode atingir de 30% a 40% da população e comprometer a qualidade de vida já nos primeiros anos de vida. Estudos apontam que aproximadamente 25% das crianças brasileiras convivem com sintomas de rinite, condição que tende a se intensificar nesta época do ano.
O aumento da concentração de pólen no ar, aliado às mudanças climáticas e à poluição, favorece a piora de sintomas como espirros repetidos, coriza clara, nariz entupido, coceira, chiado no peito e falta de ar. A semelhança desses sinais com os de gripes e resfriados costuma confundir os pais e atrasar o diagnóstico adequado.
De acordo com a pediatra, especialista em saúde infantil do Prontobaby Hospital da Criança, Fernanda Fragoso, há sinais importantes que ajudam pais e responsáveis a identificar a causa do desconforto das crianças.
“A alergia não causa febre, apresenta secreção clara e tende a ser persistente ou recorrente. Já o resfriado pode vir acompanhado de febre baixa, com secreção que muda de cor e melhora em até dez dias. A gripe, por sua vez, tem início súbito, febre alta, mal-estar intenso e tosse forte”, explica a médica.
Segundo a especialista, embora nem toda criança alérgica desenvolva doenças crônicas, aquelas com predisposição podem evoluir para quadros como a asma, em um processo chamado marcha atópica. Esse caminho costuma começar cedo, com dermatite atópica ou alergias alimentares, pode avançar para rinite alérgica na fase pré-escolar e, em idades maiores, aumentar o risco de asma.
“O acompanhamento precoce com pediatra ou alergista, aliado ao controle dos gatilhos ambientais, é essencial para reduzir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida da criança”, destaca.
Entre os fatores que mais favorecem a piora dos sintomas estão a polinização intensa da primavera, a poluição e as variações bruscas de temperatura. Nesses períodos, não é raro que crianças alérgicas apresentem crises respiratórias e nasais mais severas, o que pode prejudicar o sono, afetar o desempenho escolar e até o convívio social.
“Quando os sintomas se tornam frequentes, é fundamental procurar atendimento médico especializado”, alerta Fernanda. O tratamento na infância deve ser sempre individualizado, mas costuma incluir medidas de controle ambiental, medicamentos e, em alguns casos, imunoterapia.
Entre as opções estão antialérgicos orais, sprays nasais à base de corticoides, colírios específicos e, para crianças asmáticas, broncodilatadores e corticóides inalados. Já nos casos persistentes, a imunoterapia — conhecida como “vacina para alergia” — pode reduzir os sintomas, diminuir a necessidade de medicamentos e até prevenir a evolução do quadro.
A médica reforça a importância da prevenção no dia a dia: manter os ambientes limpos e ventilados, evitar exposição à fumaça e poluição, dar banho e trocar a roupa das crianças após atividades ao ar livre e seguir corretamente o tratamento prescrito.
“A primavera pode e deve ser uma estação de bem-estar e alegria para as crianças. Com diagnóstico precoce, acompanhamento regular e medidas simples de prevenção, é possível controlar os sintomas e evitar complicações futuras”, aponta a pediatra.
Fonte:
- Estado de Minas – https://www.em.com.br/saude/2025/10/7265021-primavera-e-alergias-respiratorias-quando-espirros-sao-alerta-em-criancas.html
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