O casal Rob e Jenny Burns, do Texas, nos Estados Unidos, vivenciou um verdadeiro pesadelo após seu bebê, de apenas 14 meses, morrer afogado na piscina de casa, em 2022. No entanto, mesmo em meio à dor do luto, a família, em um gesto altruísta, decidiu doar o coração do filho para uma criança que estava fila do transplante. Um ano depois, os pais conheceram o receptor do órgão e puderam escutar os batimentos do coração do filho em um momento emocionante.
O coração do pequeno Beau foi doado para Eli, na época com 4 meses, que tinha um tipo de cardiopatia complexa. O encontro emocionante das duas famílias aconteceu em outubro do ano passado. “Olhar nos olhos da mãe de Eli e ver o quão grata ela estava e depois saber que Eli está vivendo tão bem por causa de nossa decisão foi simplesmente avassalador”, disse Jenny à revista norte-americana People. “Rob e eu gostamos de dizer que foi um presente de Beau, mas agora é o coração de Eli. Os batimentos cardíacos eram tão fortes e rápidos – os batimentos cardíacos de um menino”, ela complementou.
O acidente
A vida de Jenny, de 37 anos, virou de cabeça para baixo quando, em junho de 2022, ela percebeu que seu bebê de 14 meses, tinha desaparecido. Após procurar o filho por três minutos, ela acabou o encontrando na piscina de casa, em Dallas, no Texas (EUA). Imediatamente, ela chamou o marido, Rob, de 39 anos, e ele tirou o filho inconsciente da água e começou a fazer as manobras de reanimação cardiopulmonar.
“Eu estava rezando para que um milagre acontecesse. Deus estava lá comigo”, lembrou Jenny. “Rob conseguiu recuperar os batimentos cardíacos quando a ambulância chegou e eles o levaram de avião para o Centro Médico Infantil de Dallas”. Desde então, a mãe passou os mais longos sete dias de sua vida no hospital. “Durante os primeiros quatro dias pensei que havia esperança de que ele sobreviveria. Mas no quarto dia o médico nos disse que não voltaria e que tínhamos que decidir o que gostaríamos de fazer”, ela relatou.
Nesse momento, a família foi introduzida pela primeira vez à ideia de doação de órgãos infantis e tomou a decisão de seguir por esse caminho, salvando a vida de três pessoas. “Minha mãe e minha avó eram enfermeiras, então cresci em uma casa que era muito focada na educação médica e na compreensão da importância das decisões que você toma”, disse Rob. “E embora tenha sido um dia muito difícil para nós, eu sabia que alguém iria receber aquele telefonema milagroso, então, para mim, foi uma decisão óbvia. Jenny também acrescentou: “Foi um ato de fé. Realmente, tínhamos que confiar que a decisão que estávamos tomando era a melhor”.