As doenças nos ossos e articulações quase sempre são associadas com o processo de envelhecimento, sendo vistas como um problema de idosos.
Mas não é bem assim. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que crianças e adolescentes na faixa até 18 anos também podem sofrer com problemas como:
.Raquitismo
.Ossos fracos
.Deformações no esqueleto
.Osteoporose
Por isso, é importante que os menores de idade não negligenciem o consumo de vitamina D.
Para saber mais, siga lendo esta reportagem.
Problemas nos ossos
Crianças e adolescentes também podem ser afetadas por problemas nos ossos e articulações. Entre os mais comuns, estão:
.Pé plano (pé chato)
.Joelho valgo (joelhos encostados)
.Varo (pernas arqueadas)
.Escoliose (desvio da coluna)
.Doença de Osgood-Schlatter (dor no joelho durante o crescimento)
.Fraturas
.Lesões esportivas
Pais e mães devem ficar muito atentos aos sintomas destes problemas em crianças e adolescentes.
‘’Os principais sinais de alerta incluem dor persistente (especialmente à noite ou após atividades), dificuldade para andar ou correr, claudicação (mancar), inchaço nas articulações, limitação de movimento e deformidades visíveis. A postura curvada e assimetrias, como um ombro mais alto que o outro, também devem ser investigadas’’, afirma a médica Carla de Oliveira Alves Puell, ortopedista do Prontobaby Hospital da Criança.
Até mesmo a osteoporose, vista como uma ‘’doença de idoso’’ pode atacar os menores de 18 anos.
‘’Embora seja mais comum em adultos, a osteoporose também pode afetar crianças ,especialmente aquelas com doenças crônicas, uso prolongado de corticoides, restrições alimentares severas ou sedentarismo’’, aponta a dra. Carla.
A importância da vitamina D
Uma das formas de prevenir as doenças nos ossos é o consumo de vitamina D, pois é um componente indispensável para o crescimento e fortalecimentos dos ossos e músculos. Também é responsável pelo desenvolvimento e manutenção do sistema imunológico, além de participar dos processos de multiplicação celular.
O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indicam a suplementação de vitamina D para todos os lactentes partir da primeira semana de vida.
A dosagem recomendada é:
.400 UI //dia no 1º ano de vida
.600 UI/dia a partir do 2º ano de vida
Embora seja definida como uma vitamina, a vitamina D é um pró-hormônio (secosteroide) que desempenha papel fundamental no equilíbrio do cálcio no organismo, no metabolismo ósseo e na regulação de 1000 genes.
Além de prejudicar a saúde óssea, a deficiência de vitamina D pode estar associada ao aparecimento de:
.Diabetes
.Asma brônquica
.Infeções respiratórias
.Tuberculose
.Dermatite atópica
.Alergia alimentar
.Inflamações no intestino
.Doença cardiovascular
.Esquizofrenia
.Depressão
.Neoplasias
Entre os sinais de falta de vitamina D,estão:
.Atraso de crescimento
.Fraqueza muscular
.Dor nos membros
.Cãibras frequentes
.Irritabilidade
.Atraso na evolução dentária e cáries
Alimentos, sol e exercícios
Entre os alimentos mais ricos em vitamina D, podemos citar:
.Leite
.Queijo
.Iogurte
.Salmão
.Atum
.Sardinha
.Ostras
.Óleo de fígado de bacalhau
.Fígado de boi e de frango
.Gema de ovo
.Cogumelo
Além da suplementação de vitamina D é importante não esquecer da exposição ao sol. A recomendação é se expor ao sol de 10 a 15 minutos, todos os dias, para que a vitamina D aja e promova seus benefícios.
Nos recém-nascidos e lactentes até os 12 meses, o banho de sol deve ser feito até as 10h da manhã ou após as 16h, com o bebê apenas de fraldas. Já nas crianças maiores e adolescentes, o ideal é deixar braços e pernas descobertos e sem protetor solar, protegendo partes mais sensíveis como o rosto e evitando a vermelhidão da pele, que é sinal de lesão pelo sol.
E também é importante mexer com o corpo com uma rotina de atividade física.
‘’O exercício físico estimula o crescimento e o fortalecimento ósseo. A prática de esportes regulares, desde que adequados à idade e com orientação, favorece o desenvolvimento ósseo saudável e ainda contribui para o equilíbrio, coordenação e força muscular’’, afirma a dra. Carla de Oliveira.
Entres as atividades mais recomendadas para crianças e adolescentes, estão:
.Correr
.Pular
.Brincar ao ar livre
.Futebol
.Vôlei
.Basquete
E é sempre bom lembrar: o ideal é procurar um ortopedista pediátrico assim que qualquer alteração for percebida. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de tratamento eficaz, muitas vezes com medidas simples e sem necessidade de cirurgia. Por isso, evitar automedicação e buscar uma avaliação especializada é essencial.
Fonte:
- Marcio Atalla – Força nos ossos – Marcio Atalla
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