A presença constante de celulares e tablets na rotina infantil acende um alerta entre pais, educadores e profissionais da saúde. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos na infância pode comprometer o desenvolvimento emocional, cognitivo e social das crianças. Com base em estudos recentes e orientações de especialistas, mostramos como reduzir o tempo de tela dos pequenos com práticas acessíveis e seguras.
Riscos do uso excessivo de telas para crianças
Desde os primeiros anos de vida, muitas crianças já sabem desbloquear celulares, acessar vídeos e jogar on-line. Embora a tecnologia seja uma aliada em muitos contextos, o excesso traz consequências preocupantes. Um estudo publicado no JAMA Pediatrics, que acompanhou 2.500 crianças de dois anos, revelou que o tempo prolongado em frente às telas pode atrasar o desenvolvimento da linguagem e afetar a interação social. A recomendação de especialistas é que o contato com eletrônicos seja evitado até os 18 meses.
Outra pesquisa, divulgada pela JAMA Network Open em 2022, apontou que o uso frequente de dispositivos como forma de acalmar crianças irritadas ou entediadas está ligado a um maior risco de desregulação emocional, especialmente em meninos. O levantamento contou com a participação de 422 famílias com crianças entre três e cinco anos.
Além dos efeitos comportamentais, há o risco de exposição a conteúdos impróprios, golpes virtuais, cyberbullying e até aliciamento. “O acesso sem supervisão pode abrir portas para perigos silenciosos”, alerta a psicóloga Mayara Gomes, do Grupo Prontobaby.
Estratégias para reduzir o tempo de tela
Em vez de proibir completamente o uso do celular, o ideal é criar um ambiente com atividades alternativas que estimulem o desenvolvimento das crianças e envolvam a família. Veja duas soluções simples e eficazes:
1. Brincadeiras em família fortalecem vínculos
Estudos mostram que crianças se engajam mais e se sentem menos cansadas ao realizar atividades acompanhadas por adultos. Passeios ao ar livre, jogos de tabuleiro, pintura, massinha e até brincadeiras clássicas como esconde-esconde e cabaninha despertam a criatividade e ajudam no desenvolvimento físico.
Criar uma rotina com horários definidos para brincar e limitar o uso de telas pode melhorar a qualidade do tempo em família. Resgatar brincadeiras da própria infância é uma maneira afetiva de transmitir memórias e estimular novas experiências longe das telas.
2. Uso controlado com supervisão e horários definidos
Para crianças que já estão habituadas ao celular, delimitar momentos específicos para o uso do aparelho dos pais é uma alternativa segura. O ideal é permitir esse acesso apenas com supervisão e em plataformas previamente selecionadas. Aplicativos como StayFocusd (extensão para Chrome) e Offtime ajudam a bloquear redes sociais e limitar o uso por tempo determinado, evitando o acesso a conteúdos indesejados e protegendo a privacidade dos pais.
Se o seu filho já possui um smartphone, é ainda mais importante estabelecer limites claros e acompanhar de perto o uso. “O celular não é brinquedo. Ele pode ser uma ferramenta educativa, mas também representa riscos se for usado de forma indiscriminada”, reforça Mayara. O Google Family Link é uma ferramenta gratuita que permite aos responsáveis controlar quais aplicativos a criança pode baixar, estabelecer horários de uso e monitorar a atividade do dispositivo.
A base para uma relação saudável com a tecnologia está no diálogo. Converse com seu filho, defina regras juntos e, periodicamente, revise os combinados para adaptá-los às novas fases da criança. Equilíbrio e acompanhamento são as melhores formas de garantir segurança no ambiente digital.
Fonte:
- Jornal Jundiai: https://sampi.net.br/jundiai/noticias/2910737/cidade/2025/06/como-diminuir-o-uso-de-celular-entre-criancas-veja-2-estrategias
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