Grupo Prontobaby e Rede Casa suspendem atendimentos da Unimed Ferj após dívida superior a R$ 240 milhões: impacto atinge mais de 12 mil pacientes no Rio stella-monada novembro 18, 2025

Grupo Prontobaby e Rede Casa suspendem atendimentos da Unimed Ferj após dívida superior a R$ 240 milhões: impacto atinge mais de 12 mil pacientes no Rio

A saúde suplementar do Rio de Janeiro vive um momento crítico. O Grupo Prontobaby e a Rede Casa suspenderam imediatamente todos os atendimentos destinados a beneficiários da Unimed Ferj, interrompendo emergências, cirurgias eletivas, exames laboratoriais e de imagem, consultas ambulatoriais e tratamentos essenciais — incluindo novos pacientes para tratamento oncológico adulto e pediátrico.
A decisão, comunicada em 17 de novembro de 2025, envolve 13 hospitais, serviços de pronto-atendimento, duas empresas de assistência domiciliar e unidades de remoção médica.

A medida ocorre diante de uma inadimplência que ultrapassa R$ 240 milhões, acumulada ao longo de aproximadamente um ano e meio.

 

Uma decisão dolorosa: compromisso com a vida, mas sem condições de sustentar a operação

Embora necessária, a decisão do Grupo Prontobaby e da Rede Casa foi tomada com profundo pesar. Ambos reforçam que esta nunca foi a escolha desejada, mas tornou-se inevitável diante do cenário:

“Estamos tristes com o acontecimento. Nosso compromisso é com a vida, e esta foi uma decisão que não gostaríamos de ter tomado. Mas a situação é extremamente crítica — não temos mais oxigênio para manter o atendimento sem os repasses financeiros.”

Os grupos também destacam sua empatia com os beneficiários:

“Sabemos que as pessoas pagam seus convênios e não têm culpa. Seguramos essa situação por muito tempo, enfrentando mês após mês a piora dos atrasos. Mas chegamos ao limite.”

O impacto da crise se estende muito além das unidades hospitalares:

  • profissionais da saúde
  • equipes multidisciplinares
  • colaboradores administrativos
  • fornecedores e empresas parceiras
  • famílias inteiras que dependem da continuidade da operação

É uma crise que afeta a vida de milhares — pacientes e trabalhadores.

 

Unimed Brasil assumirá apenas atendimentos realizados após 20 de novembro — e pagará somente em fevereiro 2026

Outro agravante torna o cenário ainda mais insustentável:
A Unimed Brasil assumirá apenas os atendimentos realizados a partir de 20 de novembro, e os repasses financeiros referentes a esses atendimentos só serão feitos a partir de fevereiro do próximo ano.

Ou seja:

  • até fevereiro, nenhuma receita entraria para manter a operação;
  • atendimentos realizados antes de 20 de novembro permanecem descobertos;
  • a dívida anterior — já gigantesca — continua sem solução;
  • não há garantias concretas de continuidade nos pagamentos. 

Para estruturas complexas e de alta demanda, como as do Grupo Prontobaby e da Rede Casa, essa lacuna é absolutamente impraticável.

A soma dos fatores — dívida acumulada, ausência de repasses e atraso até fevereiro — gera uma crise inimaginável, que compromete a sustentabilidade das redes e afeta milhares de profissionais e suas famílias.

 

Mais de 12 mil pacientes afetados por mês

A suspensão dos serviços impacta diretamente mais de 12 mil pacientes mensais, tanto adultos quanto pediátricos.

Serviços interrompidos

  • Atendimento adulto e pediátrica
  • Cirurgias eletivas
  • Consultas ambulatoriais
  • Exames laboratoriais
  • Exames de imagem
  • Novos pacientes para tratamento oncológico
  • Assistência domiciliar (home care)
  • Remoção médica
  • Pronto-atendimento

São áreas essenciais, muitas delas de caráter contínuo ou crítico, especialmente no caso dos tratamentos oncológicos.

Órgãos fiscalizadores foram oficialmente notificados

No dia 16 de novembro de 2025, o Grupo Prontobaby e a Rede Casa notificaram:

  • Ministério Público Estadual
  • Ministério Público Federal
  • ANS
  • Cremerj
  • Defensoria Pública
  • PROCON
  • Unimed Ferj

A medida busca garantir total transparência e mobilizar apoio institucional diante da desassistência iminente.

“Não queremos deixar ninguém sem atendimento” — o esforço continua

Em comunicado, representantes das redes enfatizam que seguem buscando alternativas:

“Estamos em contingência de atendimento, buscando uma solução para não deixar os pacientes em risco. Nossa estrutura envolve 13 hospitais, duas empresas de assistência domiciliar, um pronto-atendimento e o serviço de remoção.”

Mesmo com o cenário crítico, os grupos reforçam que permanecem abertos ao diálogo e à construção de uma solução responsável.

Orientações para beneficiários da Unimed Ferj

  • Entre em contato com a Unimed Ferj para orientações sobre outras unidades credenciadas.
  • Registre protocolos de atendimento e solicitações.

Acione a ANS e o PROCON se houver negativa ou ausência de solução.

 

Conclusão: uma urgência que exige responsabilidade imediata

A suspensão dos atendimentos da Unimed Ferj pelo Grupo Prontobaby e pela Rede Casa acende um sinal vermelho para a sustentabilidade das relações entre operadoras de saúde e instituições hospitalares. O cenário expõe fragilidades profundas em um sistema que deveria, acima de tudo, proteger vidas.

Com uma dívida que ultrapassa R$ 240 milhões e mais de 12 mil pacientes afetados mensalmente, o equilíbrio da saúde suplementar no estado do Rio de Janeiro está diretamente ameaçado. A continuidade da assistência — especialmente em áreas críticas como urgência, oncologia e cuidados pediátricos — permanece comprometida enquanto não houver regularização financeira e garantias contratuais claras.

A inadimplência prolongada, somada à ausência de repasses imediatos e à previsão de que novos pagamentos só ocorreriam a partir de fevereiro, cria um vazio operacional impossível de sustentar. Não se trata apenas de números: trata-se de vidas, de famílias, de profissionais dedicados e de toda a cadeia de saúde que depende de funcionamento contínuo e seguro.

O risco atinge:

  • pacientes, que necessitam de atendimento digno e contínuo
  • trabalhadores, que dedicam suas vidas ao cuidado
  • familiares, que confiam na estrutura assistencial
  • toda a rede de saúde, que sofre efeitos em cascata

Este é um momento que exige transparência, responsabilidade e ação imediata.
Porque, no centro de tudo, há algo que não pode esperar e não pode ser comprometido: a vida.

 

Respostas para as principais dúvidas (FAQ)

1. A suspensão dos atendimentos da Unimed Ferj já está valendo?

Sim. A suspensão foi ativada na noite de 17 de novembro de 2025 e tem efeito imediato.

2. Quais serviços foram interrompidos?

Atendimento adulto e pediátrico, cirurgias eletivas, consultas ambulatoriais, exames laboratoriais, exames de imagem, assistência domiciliar (home care), remoção médica, pronto-atendimento (emergências)

3. Quem está sendo afetado?

Beneficiários adultos e pediátricos do Sistema Unimed (Ferj e intercâmbio).

4. Há previsão para retorno?

Ainda não. A suspensão continua até que a Unimed Ferj regularize os débitos e apresente garantias formais.

4. O que acontece com os pacientes internados e cirurgias já marcadas?

Continuamos investindo e dando assistência a todos os pacientes já internados procedimentos de urgência agendados, mas caso não haja uma solução sustentável, precisaremos que a Unimed Fierj disponibilize novos leitos para estes pacientes. Esperamos não precisar chegar a este ponto. 

5. O que os pacientes devem fazer agora?

Procurar a Unimed Ferj, registrar protocolos e verificar alternativas de atendimento em outras redes credenciadas.

Write a comment
Your email address will not be published. Required fields are marked *
Políticas de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Para informações completas sobre nossas políticas de privacidade, clique aqui.